domingo, 20 de março de 2011




O teu café viciou-me o corpo. Entornaste-o nos lençóis da minha cama e o cheiro misturou-se com os nossos; Dias e noites de alucinações, abraços, de delírios e loucuras, fantasias, beijos, de paixão e pecado…
Agora que desapareceste os meus lábios sentem sede desse teu café, rebentam de saudade do sabor desse teu maldito café.
Eu era um bebé no teu corpo e tu deste-me café. Não se dá café a um bebé. Por causa desse teu mal, choro saudades todos os dias, sinto-lhe o cheiro todas as noites, encontro-lhe a presença todos os instantes. Esse teu café destruiu a minha alma, o meu corpo, a minha circunstância e os meus lábios. Nunca mo devias ter servido; Foi o meu maior engano: o teu maior pecado. Mas eu sou pura; Vou lavar os meus lençóis, tomar um banho quente, beber chá de caramelo e cuspir fogo.


11 comentários:

  1. Como eu percebo este "café" ...
    É tão bom enquanto dura, mas depois, quando se vai, não há palavras para o descrever!

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  2. Leandra, no dia em que parares de escrever, dou-te um tiro no meio da testa. o teu talento não é para ficar quieto nem oculto. devias mostrá-lo ao mundo, todos os dias! (:

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  3. gostei sim, bastante...
    Já deu para perceber que a Vânia é perigosíssima :D
    oh é só mais um acto...

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  4. Leandra vê se continuas a escrever...
    eu não preciso de ter cuidado, sei que ela não me faz mal...
    sobre isso não discuto, mas foi dos que mais prazer me deu a escrever

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