O temo urge… As gentes tropeçam nos
próprios passos, com tanta pressa que têm, por tão pouco de honesto terem para
fazer. Raros são os bons dias que já se escutam (…) A crise já se sente, enfim,
nas palavras e na boa vontade dos demais. As passagens para os peões (leia-se pessoas)
são ínfimas demais para merecerem a submissão dos montes de lata brilhantes e
dos seus proprietários, que saem atrasados para o emprego por quererem receber
um ordenado sem mexerem um único dedo. O umbigo pesa-lhes já mais do que o
coração e a consciência juntos, o que não fica de todo bem num Ilustre
Português.
Precisam-se de dicionários e de poetas nas
ruas, para lhes abrirem os olhos e, quiçá, a mente… Para enfim, os fazer sentir
vergonha e repensar no tipo de gente, na ralé em que se estão a transformar.
Precisa-se de chá, então, para lhes adoçar as gargantas, as fracas gargantas…
«Usa a capacidade que tens… A
floresta ficaria mais silenciosa se só o melhor pássaro cantasse»
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