domingo, 14 de abril de 2013


Tenho o coração nas mãos e o corpo entre a espada e a parede. Despi as rosas que perderam entretanto a cor para a água da chuva. Deixei a roupa secar de vícios. Rendi-me mais uma vez às cortinas corridas, à porta encostada, ao não-tempo e aos meus sonhos. É assim que gosto de me curar: deixando-me morrer por x horas e acordar depois com peixes verdes nos olhos, a tempo de ver a tempestade que sentira na pele romper a linha do horizonte. Lá, longe. Prefiro assim: dormir sobre o assunto (…) Mas também sei que tudo é efémero e que as coisas não acontecessem sempre da mesma forma; Que se em alguma dessas minhas aventuras os meus olhos não mais se abrirem, os oceanos hão de transbordar e molhar a almofada, deixando o corpo às escuras…que quero sentir no fogo e, em pó, nas águas frias dos mares lusitanos.
Eu, em casa

1 comentário:

  1. Desta vez fico-me pelo "muito bom". Tu, em casa, é muito bom. :)

    Um beijo <3

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