Tenho
o coração nas mãos e o corpo entre a espada e a parede. Despi as rosas que
perderam entretanto a cor para a água da chuva. Deixei a roupa secar de vícios.
Rendi-me mais uma vez às cortinas corridas, à porta encostada, ao não-tempo e
aos meus sonhos. É assim que gosto de me curar: deixando-me morrer por x horas
e acordar depois com peixes verdes nos olhos, a tempo de ver a tempestade que
sentira na pele romper a linha do horizonte. Lá, longe. Prefiro assim: dormir
sobre o assunto (…) Mas também sei que tudo é efémero e que as coisas não acontecessem
sempre da mesma forma; Que se em alguma dessas minhas aventuras os meus olhos
não mais se abrirem, os oceanos hão de transbordar e molhar a almofada, deixando
o corpo às escuras…que quero sentir no fogo e, em pó, nas águas frias dos mares
lusitanos.
Eu, em casa
Desta vez fico-me pelo "muito bom". Tu, em casa, é muito bom. :)
ResponderEliminarUm beijo <3