Já me resumi a ti numa única e uma
só palavra que nunca escrevemos da mesma maneira. E já te desenhei em poemas de
primavera ao pôr-do-sol, quando me corrias nas veias e sabias fazer desenhos na
minha mão. Hoje tentas voar como eu te fazia capaz mas dás-te conta – e dou eu,
principalmente, a conta – que as tuas asas te ardem de raiva e que perdeste,
junto com o respeito por quem te cuidava das feridas, o teu pequeno coração.
Mas Deus é grande e tudo o que por cima de nós está é infinito…
Lamento que tenhas esquecido o
caminho que te trazia de volta ao porto seguro, que te tenhas perdido no cheiro
de rosas estrangeiradas e estragadas, que tenhas ficado cego de tudo o que
distava de ti ao horizonte. Pena ter lutado tanto por algo que nunca foi mútuo,
ter errado tanto nos contornos em que te pintei, ter admitido tempestades e apontar
de dedos sobre a minha cabeça sem razão de ser. Tudo isto e tudo mais.
Mas, um dia, serás tu a cair duma árvore:
quando cresceres e ficares maduro até não poder mais. Nesse dia contar-te-ei
uma história. Até la, um até sempre para nós…
Colleen, leve
tão lindo! adorei mesmo
ResponderEliminarperfeito !
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