sexta-feira, 2 de março de 2012



Chega uma altura… Chega a altura em que reparamos que existe mais do que um horizonte a esconder-nos o lado de lá, mas somos tão confiantes no destino que deixamos o nosso barco navegar ao sabor do tempo. E o tempo passa, quebra as ondas como quebra-cabeças. O barco aprende a nadar com a mesma vontade que os peixes e perde forças quando a água molha as velas e os mastros... E depois, depois descobrimos a mau tempo que não devíamos confiar tanto, dar tanto de nós às linhas que cruzamos nos dias repetidos, às curvas que nos agitam e nem às linhas que nos parecem retas, porque, apesar de não nos apercebermos, o mal persiste timidamente no escuro ondulado, transparente e desassossegado do mar. Daí, tudo o que demos e todas as nossas lutas deixam de fazer sentido. As quarenta e oito horas da nossa vida não passam de 48.
Eu sei… O mar é justo ao barco e não vale metade do sal que tem. Mas as linhas infinitas têm vontade: vontades boas. Vontades enormes que nenhum Homem do mar nem da terra foi capaz de desejar e conseguir abraçar. Porque ainda ninguém aprendeu que para conquistar os horizontes é preciso saber olhar por dentro, bem para dentro. E, depois sim, as vontades virão como as aves que quebram a linha infinita para fazerem ninhos mais quentes mostrar o que afinal faz realmente sentido. Quarenta e oito horas serão anos infinitos porque cada segundo valerá a pena.
Colleen, a desenhar o horizonte

5 comentários:

  1. "Anónimo", sejas quem fores, fico muito feliz por gostares do chá!:)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. gosto muito do chá...e já agora nao sou muito anónimo para ti dado que me conheçes ;D visita o meu blog se gostares :b

      Eliminar
  2. perfeito como nunca poderia deixar de ser , miss you

    ResponderEliminar