sábado, 26 de novembro de 2011


Lamento por não te dar asas ao coração. Quem me dera dar-te algo do voo suave… E música para os teus ouvidos. Contar-te todos os meus segredos, juntar os pedacinhos, e ensinar-te a pousar no ramo mais alto da árvore mais antiga. Mas tu sempre tiveste medo das alturas e ultimamente dás-te cada vez menos ao ar e à vontade de voar comigo. Devias saber que os silvos que ouves durante os dias frios não me são intrínsecos (e quando descobrires talvez o tempo seja a condição fatal) porque eu nunca gostei de grandes ruídos. São dores de garganta, de muita garganta! Mas tu, mesmo sem asas, és um príncipe: o meu príncipe sem asas. E eu tenho de aceitar os teus momentos de revolta; Porque guardo muito amor para ti mas tenho-te ainda mais respeito. 

Postscriptum: Responde-me

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