domingo, 2 de dezembro de 2012



Chamo-lhe vida. Vontade de. Fortaleza. Qualquer coisa boa, inteligente, feliz! Tenho flores a brotar dos cabelos, imunes ao frio de inverno, cúmplices do vento, autênticas bailarinas. Sinto peixes a mergulhar nos meus olhos que escondem saudades secretas e oceanos imensos… Tenho os ombros leves e as costas largas, enchidas de perdas, libertas da incompreensão humana. O coração protegido dos venenos das cobras, sempre forte e concentradíssimo na minha respiração. Sinto as borboletas derreterem a minha paciência e a ansiedade, a adrenalina a queimar nas veias; um frenesi; o luar a mimar o umbigo. Nos braços a nascerem as asas. Tenho poesia a flutuar na pele e apressam-se desenhos a dar-me cor. Sinto-me ao sabor do vento que nem um dente de leão na altura das alergias de primavera e do coração. Sinto-me eu!: a florir a qualquer momento, a mergulhar em qualquer lugar. Exatamente eu, a viver de tempos mortos com a vida na palma da mão. Passiva mas no mesmo sopro. Passiva, mas capaz de viver. E é este o sentido em que me quero sempre rever; neste retrato, que enfim subordinado pela imaginação de cada um, que desejo sempre ser vista.
Leve, flutua, …ave, voo suave,
Tua Colleen

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