Somos tão fracos para carregar a casa às costas meu amor. E tu és tão
frágil, tão delicado, tão de novembro; a minha única companhia nas viagens de
autocarro que parecem eternas; Tu… e
os meus devaneios.
Sinto a falta dos tempos em que vivíamos passivamente sobre tudo e sobre
todos. Sem tempo contado nem palavras medidas, sem pesadelos, porque tudo vinha
da nossa melhor veia, na medida certa. E a nossa loucura cabia na cabeça de
toda a gente. Lembras? Lembras, certamente… Mas, meu amor, acho que crescemos
rápido e demais porque embora românticos, somos agora incompreendidos. E com
tantos golpes baixos a tentarem derrubar a nossa calma, a calma perde o
propósito… Mas esperemos, melhores tempos hão de estar para nós
Eu, no
inverno, com as tardes de novembro ao peito
a tua capacidade de expressão deixa-me estonteada e maravilhada , acredita*
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