terça-feira, 11 de outubro de 2011




Agora sabemos que a distância mata pessoas como nós e sabemo-lo tão bem que quando nos temos cada abraço que pedimos apetece-nos um ano inteiro mas os nossos braços são pequenos demais para tanto tempo. Estamos tão pouco que esse pouco nos chega a parecer triste mas quando estamos somos tanto. E eu sou tão feliz contigo. Pena que a distância seja tão constante tão insuportável e tão ténue como uma eternidade de cinco eternos dias – não lembrando as vezes em que a tua condição te prende durante uma estação inteira. Sinto-me a morrer com cada folha que cai neste outono porque a distância destrói, o frio e o calor estragam a minha pele e o meu corpo não é nada sem o teu abraço de trezentos e sessentas dias. Parecíamos tão fortes e prometemos tanto e agora o tanto é um completo impossível e a nossa força perde-se com os quilómetros que nos afastam. Ainda ontem disse que te amo e hoje já foste, mas afinal sossega-me que daqui a cinco dias eternos os nossos braços estarão mais prontos que nunca para o nosso abraço de um ano inteiro. Entretanto pensa em mim

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