quinta-feira, 30 de junho de 2011


A mãe falou com orgulho quando disse que Deus lhe deu a melhor recompensa possível: aquele menino. Amigo, esbelto, dedicado, alegre, sapiente, um verdadeiro homenzinho. E ele também estava certo quando disse que basta um pequeno deslize para tudo acabar e deixar de existir. Falaram ambos sempre tão acertadamente. (…) E ontem, ontem houve alguém que, em tom de ironia, teorizou: «Com tanto filho da mãe, porque é que têm de morrer sempre as pessoas boas?». Pois, antes de ontem faleceu mais uma pessoa boa – o «namoradinho de Portugal», o nosso heroizinho.
Não consigo imaginar o sofrimento da mãe nem a dor dos amigos e dos fãs. Em contrapartida, desde antes de ontem que as minhas lágrimas estão irreparavelmente mais pesadas, melancólicas.
Quero acreditar que ele está algures num lugar bonito, feliz, a cuidar de quem por cá ainda passeia.
Sandro Mílton Vieira Angélico, estamos juntos!
Lisboa, 31 de Dezembro de 1982 — Porto, 28 de Junho de 2011

3 comentários:

  1. Eu, sinceramente, não apreciava muito o estilo de música dele, à excepção dos tempos em que era pequenina e gostava dos D'zrt e cantava as músicas dele, mas, porra!, isto abala qualquer pessoa. Pior que abalar, revolta! Sinto-me revoltada!
    Ele era bonito, sim. Tinha um corpo de fazer inveja e acredito que era boa pessoa, porque aparecia sempre, tanto em jornais, como em revistas, como em sites, com fotografias onde mostrava aquele sorriso sincero e em que transmitia boa energia. Ele tinha 28 anos (e, por coincidência, faleceu no dia 28)! Era filho único.
    Eu sei o que é perder um familiar. Mas não imagino a dor de uma mãe que perde um filho novo, assim, desta forma, tão tenro, tão na flor da idade. Sinceramente, eu nem imaginei a minha dor quando perdi o meu avô e, sinceramente, ainda não tenho noção do tamanho da nostalgia que me invade o corpo sempre que penso nele (no meu avô). Portanto, custa-me imaginar, até, a dor que todos os fãs, amigos e familiares estão a sentir com tudo isto, e, por vezes, em parte, por todas as mentiras que se lêem (como ele não levar sinto, que até levava, porque o passageiro amigo dele que sobreviveu confirmou que ele não tinha bebido e levava cinto). Já li, até, a quantidade de álcool que ele tinha no sangue, como já li que encontraram cocaína no carro.
    Por favor, ganhem juízo. É duro para uns pais perder um filho. Mais duro ainda será ouvir mentiras sobre uma pessoa que está morta e, como tal, não pode mais justificar-se.
    Tenho pena dele. Não por ser famoso ou por ser quem é. Se fosse um pobre, se fosse um rico, se fosse uma pessoa qualquer, independentemente da cor, raça, religião, estatura, etc, iria ter pena na mesma. E tenho pena por ser alguém novo, com tanto para viver, que deixou uma vida inacabada. Não posso não me sentir nostálgica com tudo isto, com tudo o que tem passado na TV ou tudo o que leio e vejo na net. Contudo, mais pena ainda sinto daqueles que ainda ironizam a situação. Desses sim, tenho realmente pena. Por serem pobres de espírito.

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  2. Perdemos uma estrela na terra mas ganhamos uma no céu ...

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  3. infelizmente vão os melhores Leandra...mas a vida tem destas injustiças, e sim isto revolta.

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