sábado, 9 de abril de 2011


Fala comigo. Fala-me de manhã ou à noite, mas fala-me. Nem que seja uma só mensagem ou uma chamada rápida, que seja só uma palavra, uma sozinha; mas fala-me porque eu preciso que me fales. Já não ouço a tua voz de Outubro há cinco meses. Que voz tão diferente da que usas agora, que voz aquela. Arrepiava-me a vibração dos teus lábios mentirosos no meu corpo, na tua cama. Agora estás com voz de alguém estranho, tão sem voz, sem estabilidade, e tão sem fala. Tão complicada de ler. Talvez seja uma constipação; Pena que já dure há cinco meses… Bebe leite com mel, ficarás mais doce. E depois fala-me. A tua cama ainda chama por mim, não desistas de nós. Fala-me, por favor.
Estou com bateria fraca. Vou pôr o telemóvel em alimentação, só para o caso de me quereres falar…

6 comentários:

  1. Maravilhoso senhora pequena grande escritora...
    nao conhecia aquilo das correntes :P



    a senhora da pastelaria fica a olhar para mim com cara de parva quando lhe peço chá com gelo

    ResponderEliminar
  2. este teu texto *.* sabes bem o quanto gosto, nem preciso de dizer grandes coisas! (:

    ResponderEliminar
  3. sim, gostei mesmo de verdade...
    eu sou calmo, tenho sempre a cabeça no lugar..

    ResponderEliminar